por Fernando
Soromenho
NA: O autor agradece a Jorge Candeias as valiosas
sugestões de revisão.
O dia em que o
mundo acabou começou para o cientista como outro qualquer. No seu laboratório,
imerso nas profundezas do oceano Atlântico, o cientista testava a criação
daquelas terríveis singularidades a que os comuns chamavam buracos negros. A
cada dia que passava a sua frustração aumentava; sabia ser possível que
algures, na Europa, nos Estados Unidos ou na China ou, pior ainda, nas Arábias,
algum outro cientista, daqueles com grupos de trabalho imensos, constituídos
por estagiários mal pagos mas brilhantes, conseguiria antes dele criar, manter
e manipular uma das singularidades que procurava.